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Reinventando para existir – AME – Associação Missionária e Evangelística

Reinventando para existir

O mundo vive seus dias de transformação mais intenso de todos os tempos. A humanidade viaja à velocidade da luz no quisito avanço tecnológico, ´e essa área é chamada de a quarta revolução: a tecnológica. Com o surgimento das IAs, o GPT4 as coisas estão avançando de modo assustador.

As organizações tradicionais estão se vendo em um “beco sem saída”. Grande empresas de mídias, e a chamada velha imprensa, ou imprensa marrom estão assustadas com o avanço da tecnologia que está roubando-lhes os “clientes”, que até então eram fiéis aos seus programas veiculados e tinham um nível extravagante de telespectadores. Âncoras de jornais, repórteres, apresentadores, atores estão em pavorosa com o avanço das IAs, pois, esta estão assumindo suas “vagas” e as pessoas estão se tornando obsoletas diante das máquinas sofisticadas dos dias atuais. A situação é tão grave, que em breve “as parideiras”, termo que está sendo usado na visão progressiva sobre as mulheres férteis, não serão mais necessárias, pois, já se inventou o útero artificial que poderá gerar crianças em séries sem ajuda do relacionamento humano e sem o útero de uma “parideira” para existir. O pior, que essas “crianças” poderão ser geneticamente modificadas e também não terão um lar, uma família, mas serão “propriedade do estado”, que imagine, poderá um ditador à frente da nação, e o que será capaz de fazer com esses seres indefesos?

A tecnologia está avançando de maneira tão assustadora, que já se faz testes (fevereiro/2024) para implante de micro chips nos cérebros humanos, com a benéfica intenção de auxiliar no tratamento de doenças psicomotoras, ou será para experimentos de controle da mente humana(?) fazendo com que máquina e homem interajam de maneira a se tornarem um só (quem não se lembra do filme RoboCop I e II, será que a vida imita a arte, ou a arte imita a vida? Hollywood a grande indústria cinematográfica ocidental estava querendo dizer alguma coisa, mas, o entretenimento fez tudo passar despercebido. Mas o cinema não parou por aí e criou o “De volta para o Futuro” e o “De volta para o Futuro II”, porém tem-se outros filmes como “eu robô”, a “Revolta das máquinas” e o “Exterminador do Futuro”, tem-se também “O Demolidor”, entre tantos outros filmes, que buscavam demonstrar o que estava por vir. É importante notar que a cada passo que se dá se busca inovar na tecnologia colocando o ser humano cada vez mais dependente da máquina, e cada vez mais coadjuvante em um mundo em que a criação de Deus deveria ser o ator principal esta humanidade está se tornando coadjuvante, ou até mesmo obsoleta.

Nota-se a cada dia novas tecnologias que estão substituindo outras com uma rapidez ávida de avanços criando o caos social e deixando milhares completamente sem saber o que fazer. As escolas movidas a tecnologias já começam substituir professores humanos por IAs, e o que falar das Escolas à distância: as famosas EADs, que estão cada vez mais populares. Empresas que por enquanto ainda usam videoaulas com professores humanos, mas, que em breve usará as IAs que terão professores artificiais e poderão falar muitos idiomas, tornando-se âncoras de jornais e outras programações da indústria audiovisual.

Os humanoides são uma realidade e até estão ganhando corpo físico, como a Robô Sofia, que tem o sonho de ter pernas para andar entre jardins, e já ganhou cidadania árabe-saudita. Todos estão assustados com a autonomia que essas máquinas de inteligência artificial estão conquistando e se tornando cada vez mais independentes e autônomas, no sentido de raciocinar por conta própria.

Diante desse fenômeno de inovações tecnológicas estão chegando também as empresas de streaming que estão fazendo o velho com roupagem nova e usando a tecnologia para descartar o homem. Junto com a tecnologia chega a chamada geração tecnológica, os imersos em tecnologia, que podem estar reunidos sem estarem no mesmo lugar, que podem conversar com a máquina e serem atendidos por ela como se estivessem conversando com um ser humano. Uma geração em que os brinquedos lúdicos ficaram para trás e que o convívio humano é coisa distante para ela. Geração que se relaciona bem com humanoides, mas não consegue se relacionar com os seus pares. Geração que entende as máquinas, mas, não entende a si mesma. Geração que suas escolas são virtuais, seus relacionamentos são virtuais e até seus casamentos são virtuais.

Esta geração já cultua em igreja virtual, tem pastores IAs e não sente falta nenhuma dos humanos! Como fazer missões e alcançar esta geração, como fazer Jesus conhecido entre estas pessoas? É um desafio sem precedentes, mas a Igreja tem que encarar”. Mas o problema é que a liderança da Igreja se tornou “arcaica e obsoleta” na visão desta geração e por isso, há um grande abismo entre esta geração e essa liderança, e intransponível de modo que “os que estão aqui não podem passar para lá e os que estão lá não conseguem passar para cá” conforme a Parábola do Rico e Lázaro Lc.16.26.

A Igreja precisa se posicionar, ao invés de como uma criança medrosa se esconder em um canto da grande sala de estar atrás do armário para que ninguém a encontre. O desafio existe e precisa ser ultrapassado, não tem como fazer de outra maneira.

A obra missionária precisa buscar novas formas através da tecnologia para se alcançar esta geração “futurista” que sabe conversar com as máquinas, interage bem com os humanoides e já aceitou casar-se virtualmente com IA. Como fazer isso? Buscar usar o mundo dela para lhe apresentar o mundo de Deus e isto deve ser feito com perfeição, amor, dedicação e temor a Deus. Quando a Obra Missionária não tem medo de se reinventar para criar novas oportunidades de levar as pessoas a Cristo essa organização missionária será capaz de alcançar a geração Alpha para o Senhor Jesus.

A Igreja precisa aprender a fazer uso da tecnologia a seu favor e para beneficiar o Reino de Deus, a Igreja precisa preparar seus missionários para usarem bem a internet e correrem contra o tempo que escoa rapidamente das suas mãos.

A Igreja pode na Obra Missionária fazer uso das IAs, dos cenários virtuais e os ambientes diversificados para estar com esta nova geração. Não adianta choramingar como uma criança que simplesmente resolveu sair do grupo porque não deixaram-na brincar; não adianta se fazer de vítima, mas é preciso assumir a dianteira e, aquele que criou tudo e que é criativo em suas atividades até hoje, dará capacidade de se criar tudo novo de novo. (Ap.21.5)

Há um mundo de oportunidades esperando pela Obra Missionária, e é importante que sua liderança explore ao máximo estas oportunidades. Existem denominações que já estão no ambiente virtual do metaverso, outras, tem “pastores-conselheiro IAs” e outras estão usando sermões produzidos e pregados pela Inteligência Artificial. Você pode até discordar das formas e métodos usados por essas denominações, mas, você não pode deixar de atentar para o uso dos métodos inovadores para dias atuais. Ao invés de se criticar ( falar mal) sem ter solução, é imprescindível que se entenda o cenário caótico em que se vive e assim se posicionar a tal ponto de a obra não sofrer.

É preciso pedir a Graça de Deus e a intervenção do Espírito Santo para se realizar na geração Alpha a Obra de Evangelização que é a única que pode expor ao SENHOR JESUS e Seu sacrifício na Cruz do Calvário para perdoar e salvar a humanidade.

Autor: Ailton Henrique de Queiroz – Evangelista

Presidente da AME 2023/2024